sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Eficiência energética como foco contra aquecimento global

Durante o primeiro dia do "Workshop Estados Unidos-Brasil de Eficiência Energética na Indústria", que começou nesta terça-feira (9/8), no Eletrobras Cepel, o representante do Departamento de Energia dos EUA, James Quinn, disse que eficiência energética desempenhará um papel maior do que o das fontes alternativas de energia no que se refere à tentativa de frear o aquecimento global. Quinn apresentou aos brasileiros os resultados do programa norte-americanoSave Energy Now, "que demonstra às empresas que usar bem a energia, evitando desperdícios, é um bom negócio."

José da Costa, durante a abertura do evento
Na abertura do evento, o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, já havia afirmado que a eficiência energética também é tema prioritário dentro dos planos da companhia. "A eficiência deve ser vista como business, tão importante nesse momento de preocupação com um futuro sustentável quanto outras áreas do setor elétrico", disse Neto.

O executivo da Eletrobras ainda comemorou a parceria com os Estados Unidos na tarefa de disseminar boas práticas em eficiência energética. “É muito importante que a maior potência mundial e o País que caminha para ser a quinta economia do mundo estejam juntos nessa empreitada. Desejo uma cooperação cada vez mais intensa com nossos irmãos norte-americanos”.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Segurança e eficiência energética

O ponto de vista da produção de energia, segundo a Empresa de Planejamento Energético (EPE), o país tem folga no abastecimento e pode suprir as necessidades de energia elétrica com as atuais taxas previstas de crescimento para os próximos anos. Portanto, não existe relação direta entre os atuais apagões, que tem ocorrido frequentemente no país todo, com a necessidade da instalação de mega-hidroelétricas e de usinas nucleares para evitá-los - como que se os atuais apagões fossem decorrentes do desabastecimento e, novamente, repetiríamos 2001/2002.

O fundamento principal para a construção de novas usinas de geração é de que existe uma previsão de crescimento da economia (sem que se questione a natureza do crescimento) e de que, em função disso, há necessidade de se ofertar mais energia para atender a esta demanda, construindo assim novas usinas.

No Brasil, o consumo de energia per capita ainda é pequeno e é indispensável que cresça para promover o desenvolvimento sustentável.

Projeções do consumo futuro de energia dependem do tipo de desenvolvimento e crescimento econômico que o país terá. Existem vários questionamentos sobre os cálculos oficiais que apontam para taxas extremamente elevadas de expansão do parque elétrico brasileiro para atender a uma dada demanda. O que essa previsão esconde é o fato de praticamente 30% da energia elétrica ofertada pelo país ser consumida por seis setores industriais apenas: cimento, siderurgia, produção de alumínio, química, o ramo da metalurgia que trabalha com ferro e papel/celulose. São exatamente estes setores que elevam o consumo da energia elétrica, os chamados setores eletrointensivos. Precisamos urgentemente discutir no planejamento energético dois pontos: energia para quê? E para quem?

Temos de fugir dessa ideia míope de discutir qual a melhor fonte. A melhor fonte de energia é aquela que não é consumida. Não consumir energia significa ter uma política de aumento da eficiência energética, situação da qual estamos muito longe ainda. Os resultados oficiais apresentados nesta área são pífios.

No Brasil, o consumo de energia per capita ainda é pequeno e é indispensável que cresça para promover o desenvolvimento sustentável. No entanto, nada impede que o uso de tecnologias modernas e eficientes sejam introduzidas logo no início do processo de desenvolvimento, acelerando com isso o uso de tecnologias eficientes (aquecimento solar da água, eletricidade solar, geradores eólicos, geração distribuída… ) - contrapondo assim ao pensamento de que, para haver desenvolvimento, é preciso que ocorram impactos ambientais, devido à geração, transporte e uso da energia.

A conservação com o uso eficiente de eletricidade reduz o consumo e posterga a necessidade de investimentos em expansão da capacidade instalada, sem comprometer a qualidade dos serviços prestados aos usuários finais. Exemplos ocorridos em outros países nos anos 80, particularmente nos EUA, demonstraram este.

A eficiência energética é, sem dúvida, a maneira mais efetiva de, ao mesmo tempo reduzir os custos e os impactos ambientais locais e globais, suportando assim, conjuntamente com as fontes energéticas renováveis solar, eólica e biomassa; a segurança energética do país.

Fonte: Primeira Edição - 08.08.2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Aneel propõe regulamentação para microgeração de energia com fontes renováveis

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentou nesta terça-feira (9/8) uma proposta para regulamentar a microgeração de energia incentivada na rede. A ideia é possibilitar aos consumidores a utilização de fontes renováveis, como mini turbinas eólicas e painéis fotovoltaicos. Quem fizer a opção, terá direito a descontos na conta proporcionais à produção própria. O órgão regulador também busca alavancar as usinas solares no País e, para isso, pretende aumentar dos atuais 50% para 80% o desconto na Tust e na Tusd - tarifas de transmissão e distribuição - para as plantas fotovoltaicas e termossolares de até 30MW. Essa mudança seria válida nos dez primeiros anos de operação, com as taxas retornando aos 50% após esse período.

As ideias foram apresentadas em relatório do diretor Romeu Rufino e, após votação na reunião da diretoria colegiada da agência, colocadas em processo de audiência pública. A minuta de regulamentação receberá contribuições entre 11 de agosto e 14 de outubro, e contará ainda com uma sessão presidencial em 6 de outubro.

Pela proposta da Aneel, seria criado um Sistema de Compensação de Energia, por meio do qual o consumidor com geração distribuída e a distribuidora poderiam trocar energia. O mecanismo, porém, não prevê nenhuma transação financeira. Caso um microgerador produza mais do que consumiu, o montante extra pode ser acumulado e abatido nos meses seguintes. Esse crédito teria validade de doze meses.

"Trata-se de um sistema simples de ser implantado pelas distribuidoras, não oneroso para os demais consumidores, no sentido de que não envolve a aplicação de subsídios, e também capaz de viabilizar a geração distribuída", afirma o diretor Rufino, em seu relatório. De acordo com ele, a proposta também é "uma ação de eficiência energética, pois haverá redução de consumo e do carregamento dos alimentadores em regiões com densidade alta de carga, com redução de perdas e, em alguns casos, postergação de investimentos na expansão do sistema de distribuição".

A coleta de informações junto às unidades geradoras, envio de fichas técnicas e declaração de operação das plantas serão de responsabilidade das concessionárias de distribuição, que também terão de emitir parecer de acesso, realizar vistoria e liberar a conexão dos microprodutores à rede. Estudos elétricos e operacionais para integração à rede também deverão ser feitos pela distribuidora, sem ônus para o consumidor.

Serão considerados empreendimentos de minigeração aqueles com potência entre 100kW e 1MW conectados diretamente à rede, em qualquer tensão, ou através de unidades consumidoras, podendo operar em paralelo ou de forma isolada, sem despacho pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). A microgeração, por sua vez, contempla centrais com até 100kV.

A Aneel também coloca na regulamentação a possibilidade de que os geradores passíveis de registro junto à agência sejam colocados como autoprodutores sem a necessidade de contabilização direta na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), uma vez que a complexibilidade e o custo de ser representado na CCEE inviabilizaria os empreendimentos. Com isso, as distribuidoras poderão fazer a contabilidade dos autoprodutores com potência instalada de até 1MW e carga em ponto distinto. A única exigência é que ambas unidades consumidoras tenham o mesmo titular e sejam atendidas pela mesma concessionária.

Caso a proposta seja aprovada, após a consulta pública, as distribuidoras terão até 180 dias após a publicação da resolução para elaborar ou revisar normas técnicas para tratar do acesso a minigeração e microgeração distribuída por fontes incentivadas. Deverão ser utilizadas como referência o Prodist, as normas técnicas brasileiras e, de forma complementar, as normas internacionais.

Fonte: Jornal da Energia (09/08/2011)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Poste de iluminação pública 100% alimentado por energia eólica e solar


Não tem mais volta. As tecnologias limpas – aquelas que não queimam combustível fóssil – serão o futuro do planeta quando o assunto for geração de energia elétrica. E, nessa onda, a produção eólica e solar sai na frente, representando importantes fatias na matriz energética de vários países europeus, como Espanha, Alemanha e Portugal, além dos Estados Unidos. Também está na dianteira quem conseguiu vislumbrar essa realidade, quando havia apenas teorias, e preparou-se para produzir energia sem agredir o meio ambiente. No Ceará, um dos locais no mundo com maior potencial energético (limpo), um ‘cabeça chata’ pretende mostrar que o estado, além de abençoado pela natureza, é capaz de desenvolver tecnologia de ponta.


O professor Pardal cearense é o engenheiro mecânico Fernandes Ximenes, proprietário da Gram-Eollic, empresa que lançou no mercado o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energias eólica e solar. Com modelos de 12 e 18 metros de altura (feitos em aço), o que mais chama a atenção no invento, tecnicamente denominado de Produtor Independente de Energia (PIE), é a presença de um avião no topo do poste.

Feito em fibra de carbono e alumínio especial – mesmo material usado em aeronaves comerciais –, a peça tem três metros de comprimento e, na realidade, é a peça-chave do poste híbrido. Ximenes diz que o formato de avião não foi escolhido por acaso. A escolha se deve à sua aerodinâmica, que facilita a captura de raios solares e de vento. "Além disso, em forma de avião, o poste fica mais seguro. São duas fontes de energia alimentando-se ao mesmo tempo, podendo ser instalado em qualquer região e localidade do Brasil e do mundo", esclarece.

Tecnicamente, as asas do avião abrigam células solares que captam raios ultravioletas e infravermelhos por meio do silício (elemento químico que é o principal componente do vidro, cimento, cerâmica, da maioria dos componentes semicondutores e dos silicones), transformando-os em energia elétrica (até 400 watts), que é armazenada em uma bateria afixada alguns metros abaixo. Cumprindo a mesma tarefa de gerar energia, estão as hélices do avião. Assim como as naceles (pás) dos grandes cata-ventos espalhados pelo litoral cearense, a energia (até 1.000 watts) é gerada a partir do giro dessas pás.

Cada poste é capaz de abastecer outros três ao mesmo o tempo. Ou seja, um poste com um "avião" – na verdade um gerador – é capaz de produzir energia para outros dois sem gerador e com seis lâmpadas LEDs (mais eficientes e mais ecológicas, uma vez que não utilizam mercúrio, como as fluorescentes compactas) de 50.000 horas de vida útil dia e noite (cerca de 50 vezes mais que as lâmpadas em operação atualmente; quanto à luminosidade, as LEDs são oito vezes mais potentes que as convencionais). A captação (da luz e do vento) pelo avião é feita em um eixo com giro de 360 graus, de acordo com a direção do vento.

À prova de apagão

Por meio dessas duas fontes, funcionando paralelamente, o poste tem autonomia de até sete dias, ou seja, é à prova de apagão. Ximenes brinca dizendo que sua tecnologia é mais resistente que o homem: "As baterias do poste híbrido têm autonomia para 70 horas, ou seja, se faltarem vento e sol 70 horas, ou sete noites seguidas, as lâmpadas continuarão ligadas, enquanto a humanidade seria extinta porque não se consegue viver sete dias sem a luz solar".


O inventor explica que a ideia nasceu em 2001, durante o apagão. Naquela época, suas pesquisas mostraram que era possível oferecer alternativas ao caos energético. Ele conta que a caminhada foi difícil, em função da falta de incentivo – o trabalho foi desenvolvido com recursos próprios. Além disso, teve que superar o pessimismo de quem não acreditava que fosse possível desenvolver o invento. "Algumas pessoas acham que só copiamos e adaptamos descobertas de outros. Nossa tecnologia, no entanto, prova que esse pensamento está errado. Somos, sim, capazes de planejar, executar e levar ao mercado um produto feito 100% no Ceará. Precisamos, na verdade, é de pessoas que acreditem em nosso potencial", diz.

Mas esse não parece ser um problema para o inventor. Ele até arranjou um padrinho forte, que apostou na ideia: o governo do estado. O projeto, gestado durante sete anos, pode ser visto no Palácio Iracema, onde passa por testes. De acordo com Ximenes, nos próximos meses deve haver um entendimento entre as partes. Sua intenção é colocar a descoberta em praças, avenidas e rodovias.

O empresário garante que só há benefícios econômicos para o (possível) investidor. Mesmo não divulgando o valor necessário à instalação do equipamento, Ximenes afirma que a economia é de cerca de R$ 21.000 por quilômetro/mês, considerando-se a fatura cheia da energia elétrica. Além disso, o custo de instalação de cada poste é cerca de 10% menor que o convencional, isso porque economiza transmissão, subestação e cabeamento. A alternativa teria, também, um forte impacto no consumo da iluminação pública, que atualmente representa 7% da energia no estado. "Com os novos postes, esse consumo passaria para próximo de 3%", garante, ressaltando que, além das vantagens econômicas, existe ainda o apelo ambiental. "Uma vez que não haverá contaminação do solo, nem refugo de materiais radioativos, não há impacto ambiental", finaliza Fernandes Ximenes.

Vento e sol


Com a inauguração, em agosto do ano passado, do parque eólico Praias de Parajuru, em Beberibe, o Ceará passou a ser o estado brasileiro com maior capacidade instalada em geração de energia elétrica por meio dos ventos, com mais de 150 megawatts (MW). Instalada em uma área de 325 hectares, localizada a pouco mais de cem quilômetros de Fortaleza, a nova usina passou a funcionar com 19 aerogeradores, capazes de gerar 28,8 MW. O empreendimento é resultado de uma parceria entre a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a empresa Impsa, fabricante de aerogeradores. Além dessa, a parceria prevê a construção de dois outros parques eólicos – Praia do Morgado, com uma capacidade também de 28,8 MW, e Volta do Rio, com 28 aerogeradores produzindo, em conjunto, 42 MW de eletricidade. Os dois parques serão instalados no município de Acaraú, a 240 quilômetros de Fortaleza.

Se no litoral cearense não falta vento, no interior o que tem muito são raios solares. O calor, que racha a terra e enche de apreensão o agricultor em tempos de estiagem, traz como consolo a possibilidade de criação de emprego e renda a partir da geração de energia elétrica. Na região dos Inhamuns, por exemplo, onde há a maior radiação solar de todo o país, o potencial é que sejam produzidos, durante o dia, até 16 megajoules (MJ – unidade de medida da energia obtida pelo calor) por metro quadrado.


Essa característica levou investidores a escolher a região, especificamente o município de Tauá, para abrigar a primeira usina solar brasileira. O projeto está pronto e a previsão é que as obras comecem no final deste mês. O empreendimento contará com aporte do Fundo de Investimento em Energia Solar (FIES), iniciativa que dá benefícios fiscais para viabilizar a produção e comercialização desse tipo de energia, cujo custo ainda é elevado em relação a outras fontes, como hidrelétricas, térmicas e eólicas.

A usina de Tauá será construída pela MPX – empresa do grupo EBX, de Eike Batista – e inicialmente foi anunciada com uma capacidade de produção de 50 MW, o que demandaria investimentos superiores a US$ 400 milhões. Dessa forma, seria a segunda maior do mundo, perdendo apenas para um projeto em Portugal. No entanto, os novos planos da empresa apontam para uma produção inicial de apenas 1 MW, para em seguida ser ampliada, até alcançar os 5 MW já autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os equipamentos foram fornecidos pela empresa chinesa Yingli.

Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, essa ampliação dependerá da capacidade de financiamento do FIES. Aprovado em 2009 e pioneiro no Brasil, o fundo pagaria ao investidor a diferença entre a tarifa de referência normal e a da solar, ainda mais cara. "A energia solar hoje é inviável financeiramente, e só se torna possível agora por meio desse instrumento", esclarece. Ao todo, estima-se que o Ceará tem potencial de geração fotovoltaica de até 60.000 MW.

Também aproveitando o potencial do estado para a energia solar, uma empresa espanhola realiza estudos para definir a instalação de duas térmicas movidas a esse tipo de energia. Caso se confirme o interesse espanhol, as terras cearenses abrigariam as primeiras termossolares do Brasil. A dimensão e a capacidade de geração do investimento ainda não estão definidas, mas se acredita que as unidades poderão começar com capacidade entre 2 MW a 5 MW.

Bola da vez

De fato, em todas as partes do mundo, há esforços cada vez maiores e mais rápidos para transformar as energias limpas na bola da vez. E, nesse sentido, números positivos não faltam para alimentar tal expectativa. Organismos internacionais apontam que o mundo precisará de 37 milhões de profissionais para atuar no setor de energia renovável até 2030, e boa parte deles deverá estar presente no Brasil. Isso se o país souber aproveitar seu gigantesco potencial, especialmente para gerar energias eólica e solar. Segundo o Estudo Prospectivo para Energia Fotovoltaica, desenvolvido pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o dever de casa no país passa, em termos de energia solar, por exemplo, pela modernização de laboratórios, integração de centros de referência e investimento em desenvolvimento de tecnologia para obter energia fotovoltaica a baixo custo. Também precisará estabelecer um programa de distribuição de energia com sistemas que conectem casas, empresas, indústria e prédios públicos.

"Um dos objetivos do estudo, em fase de conclusão, é identificar as oportunidades e desafios para a participação brasileira no mercado doméstico e internacional de energia solar fotovoltaica", diz o assessor técnico do CGEE, Elyas Ferreira de Medeiros. Por intermédio desse trabalho, será possível construir e recomendar ações estratégicas aos órgãos de governo, universidades e empresas, sempre articuladas com a sociedade, para inserir o país nesse segmento. Ele explica que as vantagens da energia solar são muitas e os números astronômicos. Elyas cita um exemplo: em um ano, a Terra recebe pelos raios solares o equivalente a 10.000 vezes o consumo mundial de energia no mesmo período.

O CGEE destaca, em seu trabalho, a necessidade de que sejam instituídas políticas de desenvolvimento tecnológico, com investimentos em pesquisa sobre o silício e sistemas fotovoltaicos. Há a necessidade de fomentar o desenvolvimento de uma indústria nacional de equipamentos de sistemas produtivos com alta integração, além de incentivar a implantação de um programa de desenvolvimento industrial e a necessidade de formação de profissionais para instalar, operar e manter os sistemas fotovoltaicos.

Fonte: Revista Fiec

quinta-feira, 19 de maio de 2011

ISO 50.001 certificará indústrias em desempenho energético

A demanda por uma norma internacional que apontasse diretrizes para o consumo consciente de energia surgiu em 2007 por meio de uma iniciativa do Brasil e EUA para desenvolvimento de um texto internacional, ideia compartilhada pela ISO. A partir daí, os dois países assumiram em conjunto a secretaria do ISO PC242, órgão que coordena os trabalhos internacionais para elaboração da ISO 50.001.

O Procobre Brasil foi uma das entidades que colaboraram na elaboração da ISO com foco na melhoria contínua do desempenho energético das organizações. “O desempenho está baseado em três pontos específicos: uso (aspecto qualitativo da energia, que inclui também aspectos de comportamento humano entre outros), quantidade (aspecto quantitativo da energia, focando o consumo e sua redução) e eficiência energética (aspecto tecnológico e vinculado ao balanço entre os recursos energéticos despendidos e os resultados obtidos num determinado processo)”, explica Alberto Fossa, consultor do Procobre, coordenador da Comissão de Gestão da Energia da ABNT e chefe da Delegação Brasileira no ISO PC 242.

Outra meta da norma é garantir disponibilidade de suprimento de energia, aumentando a competitividade e contribuindo para reduzir o impacto das mudanças climáticas. A melhoria contínua do desempenho energético levará à diminuição do consumo global de energia. Segundo Fossa, a publicação está em processo de consulta internacional do FDIS (Final Draft of International Standard). “Esse é o último estágio do processo. Em paralelo, o Brasil já está com o seu texto em português pronto, que também se encontra em consulta nacional. Os dois textos devem ser publicados simultaneamente”, explica. 

O ICA International Copper Association – instituição da qual o Procobre faz parte – possui um grupo de trabalho para coordenar todas as atividades relativas à ISO 50.001, incluindo apoio técnico e consultoria a outros centros de promoção de cobre existentes ao redor do mundo, especialmente àqueles localizados na Bélgica, China e Índia. Além disso, iniciativas como esta têm sido apoiadas pelo ICA em países como Chile, Peru e México, por meio do Programa de Energia Elétrica Sustentável. Este programa tem como objetivo otimizar o uso do cobre nos sistemas elétricos para impulsionar a eficiência energética, a proteção ao meio ambiente, a segurança e a confiabilidade durante a geração, transmissão e distribuição da energia elétrica.

A ISO 50.001 vem contribuir com o Plano Nacional de Energia 2030 (PNE), que considera a eficiência energética como um fator fundamental para equacionamento do suprimento nos próximos anos. O PNEf (Plano Nacional de Eficiência Energética) cita explicitamente a ISO 50.001 como uma ferramenta importante na disseminação dos conceitos de eficiência energética no país. 

O Plano Nacional de Eficiência Energética apresenta também propostas de políticas a serem implementadas, particularmente no setor industrial, como incentivos fiscais para modernização e eficiência energética; compulsoriedade de eficiência energética vinculada à concessão de financiamentos; certificados de redução de consumo e estabelecimento de índices de eficiência de referência para os setores da indústria.

Para a indústria e consumidores, a nova ISO será um motivador para aumento do uso de produtos eficientes, como os motores elétricos que são identificados com o Selo Procel. “Prevemos que a grande maioria das empresas adotará a ISO 50.001 como forma de demonstrar ao mercado seu compromisso com a sustentabilidade. A sociedade encontra-se mais sensibilizada com o tema das alterações climáticas e têm identificado de forma mais contundente diferenças entre empresas responsáveis e não responsáveis”, comenta o consultor.

Fonte: TN Petróleo - 16.05.2011

sexta-feira, 29 de abril de 2011

II Fórum de Inovação e Tecnologia debate eficiência energética


De 30 de maio a 2 de junho, a capital mineira sediará o II Fórum de Inovação e Tecnologia promovido pela Cemig em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica. No dia 1º de junho, no entanto, haverá um painel focado em eficiência energética. Estarão presentes como palestrantes Jayme Buarque de Hollanda, do Instituto Nacional de Eficiência Energética, Hamilton Moss, do Ministério de Minas e Energia, Josiah Ives, da Kema, e Jamil Haddad, da Universidade Federal de Itajubá, além de Patrícia Romeiro da Silva Jota, do Cefet-MG, e Paulo Gama, da B&G Pesquisa e Desenvolvimento em Sistemas.

Durante o evento, especialistas da Cemig estarão detalhando as demandas do edital da companhia para seu Programa de P&D 2012, para o qual abrirá o processo de captação de recursos no próximo mês de maio. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail fit2011@cemig.com.br.

Fonte: Procel Info - 28.04.2011

Confira algumas dicas para economizar energia

Muito se fala sobre a necessidade de se economizar energia, mas poucas pessoas sabem o que podem mudar no seu cotidiano para ajudar o meio ambiente. Abaixo, uma lista com dicas práticas:


Luzes e lâmpadas: 
  • Não deixe luzes acesas sem necessidade e desligue a lâmpada ao sair de um cômodo. 
  • Busque aproveitar ao máximo a iluminação natural, mantendo cortinas abertas.
  • Troque as lâmpadas incandescentes comuns por lâmpadas fluorescentes compactas (LFCs). Apesar de mais caras, elas duram mais e consomem 80% menos energia. 
  • Por fim, procure adequar a potência da lâmpada às necessidades do ambiente, optando sempre pela de menor potência possível para a iluminação desejada. 
Eletrodomésticos: 
  • Quando viajar ou não for usar um aparelho por muito tempo, tire-o da tomada. Mesmo em stand by, TVs e outros equipamentos continuam a consumir energia. 
  • Na hora de comprar um eletrodoméstico novo, fique de olho nos dados do selo do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e prefira os mais econômicos. 
  • E não se esqueça de retirar o carregador do celular da tomada depois de usá-lo, pois ele continua consumindo energia só por estar plugado.
Frio e calor: 
  • Dê atenção especial para a sua geladeira e troque a borracha da porta frequentemente. Isso ajuda a mantê-la funcionando bem e evita o desperdício. 
  • Regule o ar-condicionado para uma temperatura agradável, por exemplo, 25C. Colocar uma temperatura baixa não vai fazer o cômodo gelar depressa, e sim que ele continue funcionando por mais tempo. E, antes de ligá-lo à noite, abra as portas e as janelas do ambiente. Isso pode refrescá-lo, diminuindo a necessidade de refrigeração.

Fonte: O Globo - 26.04.2011